Regressar à aldeia
Regressar à aldeia, é regressar ao mais natural.
É voltar aos velhos tempos do ser humano.
Respirar ar puro, viver com o básico das nossas necessidades, ver a pureza dos animais no seu trabalho diário, tomar conta do rebanho, de as levar a pastar, de as guardar e de levá-las de volta para o estábulo.
Caminhar entre casas de pedra, sobre estradas de calçada de granito, sentir o cheiro dos animais, ver a lavoura dos seres humanos ora na terra ora a tratar dos animais.
É regressar a um tempo, que já é raro.
É regressar a um tempo em que tudo é simples e puro.
É regressar ao mais genuíno da vida na aldeia.
É regressar ao tempo de vida dos nossos avôs e bisavôs.
Era um tempo diferente, era uma vida diferente, sem a confusão do dia-a-dia e sem a necessidade de consumismo.
Ao vosso lado, regresso ao mais puro que ainda existe em Portugal, aprendo a ser simplesmente, aprendo a desfrutar das maravilhas da natureza, da terra, do verde da vegetação e da pureza dos animais.
Ao vosso lado, relaxo e deixo-me absorver pelos costumes destes seres, sem julgamentos, de coração aberto e aprendo a respeitar os seus costumes, as suas tradições, os seus pensamentos e as suas convicções.
Ao vosso lado, aprendo a receber tudo o que me dão, com gratidão, sem questionar nem negar.
Ao vosso lado, solto as amarras, solto o cabelo ao vento e simplesmente aprendo a viver como antigamente.
Fluindo com o tempo.
Fluindo com a natureza.
Fluindo com os animais.
Um tempo em que se aceita aquilo que a natureza nos dá, sem questionar, só a respeitando.
Com gratidão,
Cátia Santos